Toró utiliza as dimensões arquitetônicas do espaço e o movimento do olhar do espectador para re-significar a dança. Dois televisores são posicionados de maneira que uma pessoa fique no meio e consiga ler o texto em cada uma das telas. Durante 30 minutos uma mulher vestida com um uniforme de construção amarelo fluorescente dança. Ao mesmo tempo, são intercaladas em cada televisão as falas do diálogo de “A alma e a dança”. A trilha sonora é composta por sons que surgem esporadicamente na televisão sinalizando a mudança de texto. Ou seja, como num jogo de tênis, o espectador olha para um lado e para o outro, lê o texto, volta seu olhar para a mulher que dança e quando ouve um sinal, volta seu olhar para a outra televisão, encontrando uma nova “fala” (o diálogo descreve uma mulher dançando, incluindo idéias que tentam definir a dança ao compará-la a ações e condições humanas cotidianas, como a fome, a beleza e questionamentos existenciais).

Estréia no SESC Ipiranga em 2010, apresentado na FUNARTE SP, Teatro Plínio Marcos da FUNARTE em Brasília e Teatro do Instituto de Artes da UNICAMP.
Ficha técnica
Concepção: Cerco coreográfico
Dançarina e direção geral: Andreia Yonashiro
Coreografia: Aplicação das ferramentas da pesquisa intitulada “Coreotopologia”, desenvolvida por Joana Lopes e Adolfo Maia Jr no Grupo Interdisciplinar de Teatro e Dança (GITD) e Núcleo Interdisciplinar de Comunicação Sonora (NICs) – Unicamp.
Instalação sonora: Gregory Slivar
Assistente de direção: Marcius Lindner
Fotografia: Neide Ferreira Yonashiro

Agradecimentos:
Beatriz Sano, Céio Amino, Daniel Fagundes, Isabel Monteiro, Júlia Rocha e Marilene Grama.

Financiamento: Cerco coreográfico
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Video
cerco coreográfico